Por que os planetas giram?

 


Você já parou para pensar por que a Terra gira sem parar, como um pião que nunca desacelera? Ou por que todos os planetas, do caloroso Mercúrio ao gelado Netuno, seguem dançando ao redor do Sol enquanto giram em seus próprios eixos? A resposta está nas origens violentas e espetaculares do nosso sistema solar — e nas leis implacáveis da física.

Tudo começou há mais de 4,5 bilhões de anos, quando uma gigantesca nuvem de gás e poeira cósmica começou a colapsar sob sua própria gravidade. Esse colapso não foi calmo: ele formou um turbilhão. Assim como a água girando ao descer por um ralo, a nuvem passou a girar enquanto encolhia, e isso foi crucial.

Esse movimento giratório tem um nome importante: conservação do momento angular. Em outras palavras, quando algo está girando e encolhe, ele gira ainda mais rápido — como uma bailarina que puxa os braços para o corpo. A nuvem girou, achatou-se em um disco, e desse disco nasceram o Sol e os planetas.

Mas por que eles continuam girando até hoje?

Porque nada no espaço os impede. Na Terra, objetos param de girar porque há atrito — com o ar, com o chão, com outras coisas. No vácuo do espaço, não há atrito suficiente para frear um planeta. Então, uma vez que ele começa a girar... ele não para mais.

Cada planeta herdou seu giro a partir do material original da nuvem. Algumas colisões violentas com asteroides gigantes até mudaram a rotação de alguns — Urano, por exemplo, gira de lado! Mas a regra geral permaneceu: os planetas giram porque sempre giraram, e porque a física diz que eles não têm motivo para parar.

Assim, cada dia e cada noite que vivemos é o reflexo direto dessa dança cósmica iniciada há bilhões de anos — uma dança que continua em silêncio, no palco escuro do espaço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário