Imagine que você está assistindo a um show de fogos de artifício. Cada explosão lança luzes em todas as direções, e à medida que as faíscas se afastam, você percebe que elas não apenas se distanciam do ponto de origem, mas também umas das outras. Algo parecido acontece no universo — mas em uma escala absurdamente maior.
A ideia de que o universo está se expandindo pode parecer estranha à primeira vista. Afinal, quando olhamos para o céu, tudo parece fixo, como uma pintura imóvel. No entanto, as evidências contam uma história diferente — e fascinante.
Tudo começou no início do século 20, quando o astrônomo Edwin Hubble fez uma descoberta revolucionária. Ele observou que as galáxias estavam se afastando de nós — e quanto mais distantes elas estavam, mais rápido pareciam se mover. Era como se o próprio tecido do espaço estivesse se esticando.
Essa observação foi possível graças a um fenômeno chamado desvio para o vermelho. Quando a luz de uma galáxia distante chega até nós, ela parece um pouco mais "esticada", mais avermelhada. Isso acontece pelo mesmo motivo que o som de uma ambulância muda conforme ela se afasta: é o chamado efeito Doppler. Só que, em vez de ondas sonoras, estamos falando de ondas de luz.
Mas aqui está o ponto mais surpreendente: não é que as galáxias estejam voando para longe como projéteis. É o espaço entre elas que está crescendo. Como um balão sendo inflado com pontinhos desenhados na superfície: à medida que o balão se expande, os pontos se afastam, mesmo sem se mover por si próprios.
Desde então, novas observações, como a radiação cósmica de fundo — um "eco" do Big Bang —, têm confirmado essa ideia. E hoje, com telescópios modernos, conseguimos ver galáxias tão distantes que estamos olhando para o passado do universo. E adivinhe? A expansão continua… e está até acelerando!
Saber que o universo está se expandindo muda a forma como nos vemos no cosmos. Mostra que vivemos em um universo dinâmico, em movimento, que teve um começo — e pode ter um fim. E tudo isso, descoberto a partir da luz de galáxias muito, muito distantes.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário